terça-feira, 24 de julho de 2007

O Território da Colônia Constança

Criada em 1910, conforme Decreto número 2801 de 12.04.1910, no distrito da cidade de Leopoldina, tinha a Colônia uma área de 18.797.500 metros quadrados, dividida em 65 lotes e 2 logradouros públicos. Logo em seu primeiro ano, o Estado concluiu pela mudança da destinação dos espaços públicos e os incorporou à área agricultável, na forma de três novos lotes. Desta forma, a Colônia passou a contar com 68 lotes.

Ainda com o propósito de aumento do número de lotes, foi também adquirida a Fazenda Palmeiras que pertencera ao Sr. Fernando Sellani. Esta propriedade foi adquirida por 12:000$000 e constava de 25 alqueires em matas, pastagens, 10.000 pés de café, arrozal, milharal, canavial, 1 casa (sede), 6 casas para colonos, 1 engenho de cana, 1 moinho de fubá e 1 paiol para milho.

A Fazenda Palmeiras foi dividida em 5 lotes, passando a ser de 73 o número de unidades da Colônia Constança. Ao final do exercício de 1912, apenas 64 lotes estavam ocupados, sendo que apenas um por título definitivo.

sábado, 21 de julho de 2007

Os “construtores” da Colônia

A organização de uma colônia envolvia profissionais de diferentes áreas. Os imigrantes que trabalharam na construção da Colônia Agrícola da Constança estiveram subordinados a diversos funcionários contratados pela Secretaria de Agricultura. Um deles foi o italiano Ferdinando Sellani, citado em post anterior. Outro foi Pedro Castello Branco, que de 10 de junho a meados de novembro de 1909 assumiu o posto de "auxiliar de medição e divisão dos lotes".

Em julho de 1909 chegou o Theophilo Reiff, admitido como encarregado do preparo de 6 lotes na parte da colônia denominada "Onça". Assim como Sellani, também este encarregado teve um parente entre os colonos: Francisco Antonio Reiff instalou-se na Constança no dia 15 de julho de 1910.

Além destes, Climério Duarte Godinho foi admitido em julho de 1909 como auxiliar do administrador Sr. Guilherme Prates e Félix Schmidt esteve à frente da colônia de maio a julho de 1911, sendo então substituído por Climério Godinho. Como auxiliar foi nomeado João Ventura Gonçalves Neto.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Estradas internas da Colônia

Como o objetivo do sistema de colonização era a agricultura, uma das providências necessárias era a abertura de estradas ou caminhos que facilitassem o escoamento da produção. Em Leopoldina ocorreu que a propriedade denominada Fazenda Messias ficou quase totalmente envolvida pela Colônia Agrícola Constança, estando localizada no melhor local para abrir uma estrada ligando as fazendas Boa Sorte e Constança, diminuindo em 4 km a distância percorrida pela ligação então existente. Mas o proprietário negou-se a vender o trecho a preços razoáveis. Conseqüentemente, os colonos ficaram sujeitos a um percurso maior.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Escola na Colônia Agrícola da Constança

Nos primeiros estudos sobre a Colônia Agrícola da Constança, os informes indicavam que não havia preocupação em providenciar escola para os filhos dos colonos. Num relatório, escreveu o administrador: "Ainda não foi installada a escola da colonia, não tendo eu recebido, até esta data, ordem alguma relativamente a construcção do predio onde deva funccionar este estabelecimento, nem ao local preferido."

Entretanto, mais tarde as famílias passaram a contar com duas escolas, como pode ser visto em artigo sobre o tema.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Condições de compra dos lotes da Colônia Constança

Todas as despesas realizadas na preparação dos lotes eram agregadas ao valor das terras a serem vendidas. Em dezembro de 1909, por exemplo, foi necessária a limpeza nas culturas de cinco lotes que ainda estavam desocupados. O valor gasto foi devidamente discriminado para ser adicionado ao preço daqueles lotes.

Julgamos inadequado abordar o preço de cada lote, por não ser possível identificar quais valores entraram em sua composição. De todo modo, sabe-se que a compra atraía os colonos por dois fatores. Em primeiro lugar, o preço era inferior ao cobrado pelos fazendeiros que loteavam suas terras exauridas sem subsídio da fazenda provincial. Por outro lado, os vendedores individuais não poderiam oferecer o financiamento que o colono obtinha junto ao governo para comprar um lote das colônias estaduais. No caso da Constança, sabemos que sua emancipação ocorreu 10 anos depois de instalada, ou seja, este foi o prazo que os colonos precisaram para saldar a dívida com o governo.